terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Filhos da Lua: parceria de Paulinho Carioca é vencedora

Parceria de Paulinho Carioca / Vicente Marinheiro / Jacson do Cavaco e Wilson Bizzar, vence mais um samba, no Bloco Filhos da Lua.
Foram seis inscritos e três sambas na disputa.

Ouça abaixo o samba 2012




Paulinho Carioca, Vicente Marinheiro, Jacson do Cavaco, Wilson Bizzar e Juninho Zuação assinam o samba do Bloco Gaviões 2012

Gaviões Alvinegros, que oficialmente já assina como GRES Gaviões Alvinegros, encaminha, samba 2012.

O samba é assinado por Paulinho Carioca, Vicente Marinheiro, Jacson do Cavaco, Wilson Bizzar e Juninho Zuação.

Axé para todos, especialmente para Jô Mercês, que está sendo "batizada" como autora do enredo, e com um tema que conhece muito bem, a Umbanda.

Ouça abaixo o samba enredo 2012


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fut Fraldas do Caio

No ultimo final dia 15/11 foi realizado, uma grande festa feita pelo meu parceiro Geo (Cuca), onde reuniu vários amigos (inclusive os da antiga) para comemorar a espera do nosso grande amigo Caio que chegará nos próximos dias.
Confira alguns detalhes dessa festa.

abraços a todos!!!









terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bloco Vermelho e Branco: parceria de Paulinho Carioca/Vicente Marinheiro/Jacson do Cavaco e Wilson Bizzar vencen

Fonte: blog coluna tamborim Ãngela Bastos

Está escolhido o samba que o Bloco Vermelho e Branco leva para a Nego Quirido em 2012: a obra é de Paulinho Carioca/Vicente Marinheiro/Jacson do Cavaco/Wilson Bizzar.


Premiação é de R$ 800. O processo de escolha foi interno.


O título do enredo é Tempos de Libertação, de autoria de Sandro Roberto.




terça-feira, 11 de outubro de 2011

FLORIPA

FLORIPA
(Jacson do Cavaco)

MINHA FLORIPA QUERIDA
ILHA DA MAGIA
DE ENCANTOS E CÉU AZUL ANIL
MINHA FLORIPA MARAVILHOSA
PEDACINHO DO MEU BRASIL

FLORIPA TERRA DE CONTOS, LENDAS E TRADIÇÃO
MINHA FLORIANÓPOLIS
VENHO CANTAR MEU RIBEIRÃO

DAS OSTRAS, DO PESCADO CAMARÃO
DO ZÉ PEREIRA, DO BERBIGÃO
DO BOCA , DA ILHA FLORIPA
TERRA DE ZININHO
E NEIDE MARIA

DAS BRUXAS, DAS CRENÇAS
DO TERNO DE REIS
DA TOALHA DE RENDA

SAMBA CARNAVAL, MODA DE VIOLA
SE ENCONTRA AQUI
DA UM ROLÉ POR SANTO ANTÔNIO E SAMBAQUI
FESTA DO DIVINO NÃO PODE FALTAR
FLORIPA TE EXALTO
FLORIPA QUERO CANTAR

CACIQUE DE RAMOS

CACIQUE DE RAMOS
(Jacson do Cavaco)

 
PODE CHORAR MEU CAVACO
PODE VIRAR MEU PANDEIRO          
TOCA O TÃNTÃN AI
PRO SAMBA FICAR MANEIRO

AMANHECI NO SAMBA
SAMBEI A NOITE INTEIRA             
SAMBEI NO CACIQUE DE RAMOS
EMBAIXO DA TAMARINEIRA

QUANDO ENTRO NO SAMBA
NÃO CONSIGO MAIS PARAR
QUANDO ESCUTO O BANJO
CHEGO A ME ARREPIAR

NO CACIQUE DE RAMOS
SÓ TEM BAMBAS DA PESADA
É UMA CASA DE RESPEITO
LÁ SÓ TEM COBRA CRIADA

CACIQUE DE RAMOS DO NOSSO FUNDO DE QUINTAL
VOCE QUE CURTE SAMBA
PODE CHEGAR NA MORAL

PODE CHORAR........





DO SAMBA, A VOZ

DO SAMBA, A VOZ
(Jacson do Cavaco e Bira Pernilongo)



CERRARAM AS PORTAS PRO SAMBA

EM MAIS UM REDUTO DE BAMBA

ONDE SE OUVIA CANDEIA, CARTOLA

MONARCO E CLEMENTINA

ONDE CANTAVAM JANDIRA,

MARIA HELENA

E CALIBRINA

E NESSA ESQUINA A LUZ SE APAGOU

QUEREM DIZER QUE O SAMBA ACABOU



MAS PARA QUEM TRAZ NA VEIA

O SANGUE QUE INCENDEIA

QUANDO TOCA UM PANDEIRO

VERSA UM PARTIDEIRO

NUM SAMBA DE RODA OU TERREIRO

CADA UM QUER SER PRIMEIRO

DE LONGE  SE SENTE O CHEIRO

SAUDOSO FEIJÃO

E DA CAIPIRA COM MEL LÁ NO BAR DO NOEL



MAS O SAMBA NÃO SE ENTREGA

QUEM É DO MEIO NÃO NEGA

SE FOR PRECISO TOCAR AO RELENTO

NA CHUVA, NO VENTO, TAMBÉM QUERO IR

E PRA QUEM CHEGOU AGORA

OU PRA GENTE QUE É DE FORA

SAIBAM QUE O SAMBA JÁ MORA AQUI

DESDE OS TEMPOS DO BAR DO PETIT



E NÃO VAI PERMITIR

TOMARAM SEU LUGAR

VAI SE FAZER CANTAR

A CADA DIA MAIS

POIS É RAZÃO DE SER

DE CADA UM DE NÓS

E QUERO OUVIR MAIS UMA VEZ

DO SAMBA, A VOZ

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

História do Cavaquinho e suas curiosidades

O cavaquinho é um instrumento musical de cordas menor que a viola e grande uso como acompanhamento. É procedente da cidade portuguesa de Braga. Além de Portugal, é usado em Cabo Verde, Moçambique e Brasil.



No Brasil esse instrumento é usado na música popular e forma historicamente o conjunto básico, junto com o bandolim, a flauta e o violão, para execução de choros. Waldir Azevedo é o mais conhecido músico de choro que tocava esse instrumento. O músico paulista Roberto Barbosa, mais conhecido por Canhotinho, é hoje considerado uma das principais referências no instrumento, por ter aprimorado a técnica deixada por Waldir Azevedo. Canhotinho é o arranjador do renomado conjunto de samba ‘Demônios da Garoa’.


As ilhas do Havaí têm um instrumento similar ao cavaquinho chamado ukulele, também com quatro cordas e um formato semelhante ao do cavaquinho, que se julga ser uma alteração do cavaquinho, trazido por emigrantes portugueses em 1879. Atualmente o cavaquinho é instrumento obrigatório nas rodas de samba e afins como nos desfiles das escolas de samba espalhadas pelo mundo fora.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Bar do Noel está reaberto

A notícia é das boas: o Bar Canto do Noel, além de ter sido reaberto, está de volta com o samba. Os novos proprietários estão dispostos a manter o mesmo ambiente e o clima que faz do local um reduto do samba.
Neste sábado música fica por conta do grupo Torresmo à Milanesa, a partir das 13h, pois o Um Bom Partido já havia agendado compromissos.
A turma da Jandira volta a partir de 3 de setembro. Até lá o pessoal do Torresmo dá o ritmo.

Fonte: Coluna Tamborim

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Almir Guineto grava novo CD no Rio de Janeiro


Quase dez anos depois de gravar seu último álbum próprio, “Todos os Pagodes”, o sambista carioca Almir Guineto volta aos estúdios nesta semana para preparar um selo independente recheado de composições inéditas. A Idéia, segundo o cantor e compositor, é tirar da gaveta obras de sua autoria e de parceiros como Dudu Nobre, Adalto Magalha e Babalu, entre outros, e esquentar um projeto ainda mais audacioso – que deve culminar, no futuro, com a gravação de um DVD, uma antiga reivindicação dos fãs.

O palco da gravação não poderia ser mais sugestivo: residente há nove anos em Tupã, no interior de São Paulo, Guineto escolheu sua cidade natal, o Rio de Janeiro, para dar andamento neste novo projeto. “Foi lá que eu nasci e me batizei, lá aprendi e me diplomei Salgueiro”, brinca o cantor, parafraseando os versos de Abençalgueiro, fruto de sua parceria com Nei Lopes.

Longe das tentações da boemia carioca, um Almir repaginado explica que não para de compor e que irá selecionar as músicas do novo CD somente quando o resultado do estúdio estiver pronto. “Tem coisa boa com a nossa marca registrada vindo por aí”, adianta o cantor, que na década de 1980 ganhou o título de Rei do Pagode.

As gravações vão seguir nos próximos dias, no Estúdio dos Técnicos, na capital fluminense. O álbum não tem previsão de data para chegar às melhores casas do ramo, mas quem conhece de samba pode apostar: o tempo sorriu para Almir, e a consagração de público e crítica serão uma mera consequência de todo o seu talento.

Este, certamente, é o mais sensato destino de Almir Guineto.

Sobre Almir Guineto

Dono de uma elogiada obra composta por 20 discos, centenas de composições e diversas participações especiais, Almir Guineto participou do Grupo Originais do Samba e foi fundador do Fundo de Quintal. Ex-diretor de bateria do Salgueiro, ingressou na carreira solo em 1981 com o álbum “O Suburbano”. Em sua carreira, gravou e foi gravado, dentre outros, por nomes como Chico Buarque, Alcione, Zeca Pagodinho e Roberto Carlos.

Gravação:

Ivan Machado (baixo)
Fernando Merlino (teclado)
Carlinhos 7 Cordas (violão 7)
Márcio Vanderlei (banjo)
Jorge Gomes (bateria)
Marcio Almeida (cavaco)
Beloba, Esguleba, Nego (percussão)


Informações para a Imprensa | Almir Guineto
Francisco Brust

terça-feira, 9 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas

O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.


As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.


O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga .


Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres .


Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze.


Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.


Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.


Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo


Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.
Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros.


Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.


No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.


Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.


Principais tipos de samba:


Samba-enredo


Surge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.


Samba de partido alto


Com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.


Pagode

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.


Samba-canção

Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.


Samba carnavalesco


Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.


Samba-exaltação


Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.


Samba de breque


Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva .


Samba de gafieira


Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.


Sambalanço


Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.


Dia Nacional do Samba


Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Centenário do mestre Nelson Cavaquinho

Fonte: Felipe Carrilho

O ensaio “Rugas: sobre Nelson Cavaquinho”, de Nuno Ramos, talvez seja a melhor análise já escrita sobre a obra do sambista, que faria 100 anos em 2011 se não tivesse morrido de enfisema pulmonar em 1986. Trata-se, em linhas gerais, de uma tentativa de decompor a originalidade de sua estética musical e poética e, ao mesmo tempo, de localizá-la no tempo da história da música popular brasileira atribuindo-lhe valor e sentido.

O ex-policial que conheceu a Mangueira e os prazeres da boemia fazendo rondas noturnas a cavalo no morro – “o pior soldado da história do Polícia Militar”, como definiu a si próprio – é apresentado por Ramos como um poeta peculiar, apegado ao trágico, que acompanha as suas “melodias alpinistas” por meio de um toque de violão rústico e único.

Às considerações do artista plástico e escritor, gostaria de acrescentar, modestamente, mais algumas. Para mim, Nelson Cavaquinho é um sambista-índice do povo brasileiro, como poucos. Em sua vida e obra estão contidos os dramas cotidianos da nossa gente sob uma percepção individualizada. Sua produção artística sintetiza o Brasil de uma perspectiva subalterna. Até a sua figura, algo cabocla, algo mulata, é emblemática para pensar nessa questão.

Em Nelson Cavaquinho, encontramos o que Michel de Certeau talvez chamasse de “microrresistência”, a habilidade de transformar fatos banalizados da vida numa metrópole – nesse caso, o Rio de Janeiro – em fragmentos de uma memória popular e coletiva. Ligia seria apenas mais uma entre os inúmeros moradores de rua da praça Tiradentes, se Nelson não tivesse singularizado a sua história nos versos de “Tatuagem”, por exemplo. (o historiador Francisco Rocha já havia apontado a presença dessa característica na obra de Adoniran Barbosa.)

No entanto, Nelson Cavaquinho não fazia a chamada “música de protesto”, sua temática não abordava as “questões sociais”. Ele cantava prioritariamente a tragédia dos amores que se transformam em desilusão e a proximidade da morte diante de uma vida que já passou e cujo sentido não foi encontrado. Mas quantos amores já se desfizeram e quantas vidas se tornaram vazias por causa da precariedade material tão característica de nossas classes populares? Nelson sabia que, na música popular, dor rima melhor com amor do que com mais-valia, com o perdão do Clichê.



Outras dimensões do nosso imaginário também são contempladas em sua obra. A perspectiva religiosa é central. Sua poética reinventa a sensibilidade mística do brasileiro. Quem assistiu ao brilhante documentário “Santo Forte”, de Eduardo Coutinho, perceberá isso mais facilmente. Nos depoimentos dos entrevistados, o catolicismo está sempre no plano das solenidades, lugar que lhe cabe enquanto religião quase oficial instituída. Mas nem por isso consegue eclipsar por inteiro algumas manifestações oriundas da umbanda e do candomblé, religiões que enfatizam as tradições dos povos indígenas e, principalmente, dos negros da nossa constituição social.


“Quando eu ouço as badaladas do sino daquela igrejinha / Julgo-me ainda feliz e que és toda minha”, versos de “Devia ser condenada”, música feita por Nelson em parceria com Cartola, são um exemplo entre tantos outros que apontam para uma inspiração católica na obra do sambista. Mas credos marginalizados também se fazem presentes, mesmo que de maneira indireta ou inconsciente e ainda que o autor se considerasse um “católico apostólico romano”, como a maioria dos personagens do filme de Coutinho.
“Pranto de Poeta” é emblemática nesse sentido. “Em Mangueira / Quando morre um poeta / Todos choram” são versos que anunciam um dos temas mais recorrentes em Nelson: a morte. No axexê, ritual fúnebre afro-brasileiro, canta-se e dança-se  em homenagem ao morto por até seis dias seguidos, ao som de instrumentos de percussão. O silêncio sepulcral, que caracteriza o luto católico, é estranho ali. Se a pessoa cumpriu o seu odu (destino), viveu bastante e bem, não é necessário chorar a sua morte, a menos que seja “através de um pandeiro ou de um tamborim”.

Felipe  Carrilho é historiador e autor do livro “Futebol, uma janela para o Brasil – As relações entre o futebol e a sociedade brasileira”

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Zeca Pagodinho ganha o Troféu Prêmio da Música brasileira 2011


O nosso grande sambista, Jessé ganhou o troféu  de melhor Cantor na categoria Samba no 22º Prêmio da Música Brasileira.

Viva o Samba, viva o Zeca!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Jacson do Cavaco ganha destaque na Coluna Tamborim

Jacson ganhou destaque na coluna Tamborim de Angela Bastos do Jornal Hora de Santa Catarina, a colunista divulgou a uma nota a respeito das aula de cavaquinho ministradas.


Valeu Angela !!


segunda-feira, 18 de abril de 2011

QUANDO É BOM JÁ VEM DE BERÇO

Meu Filhão Davi de 1 ano e 5 meses mostrando que tem o dom para música, seguindo os passos do Pai e do Tio, quebra tudo Davizinho!!
Papai Te Ama.




Viva o Samba!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dona Ivone Lara, dama do samba, completa 90 anos

Fonte - Jornal Folha do Rio

Compositora segue ativa e tem 15 canções inéditas, mas reclama que não é promovida pelas gravadoras

Autora de "Acreditar", entre outros sucessos, sambista diz não ter recebido boas propostas para gravar novo álbum

Grande dama do samba no Brasil, Dona Ivone Lara completa hoje 90 anos com um certo desalento em relação à profissão.
Depois de enfrentar desafios como a perda dos pais ainda criança, a luta contra o preconceito ao ser a primeira mulher a compor um samba-enredo e se firmar como nome expressivo na música brasileira, ela se queixa de um desrespeito do mercado fonográfico.
Dona Ivone diz que seus discos não são mais promovidos pelas gravadoras e têm distribuição restrita.
No último trimestre, diz ter recebido R$ 74 reais em direitos autorais pelas músicas executadas no exterior, enquanto está sempre sendo convidada para shows na França, Japão e Alemanha.
Com cerca de 15 canções inéditas, feitas nos últimos anos com seu principal parceiro, Delcio Carvalho, 72, ela não se anima em gravá-las. "Não apareceu nenhuma boa proposta", diz.
O lamento parte de uma compositora reconhecida nacional e internacionalmente. Suas músicas já foram gravadas por Gilberto Gil, Maria Bethânia e Caetano Veloso.
Composições como "Acreditar" ("A vida foi em frente e você simplesmente não viu que ficou pra trás...") e "Alguém me Avisou" ("Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho...") são presença obrigatória nas rodas de samba.
Para Paulinho da Viola, o que a diferencia é um estilo próprio. "Em termos melódicos, a música é maravilhosa, algo que qualquer grande compositor gostaria de fazer. É uma honra tê-la no cenário musical brasileiro."
Dona Ivone geralmente cria as melodias e seus parceiros fazem as letras. Hermínio Bello de Carvalho diz que certa vez lhe entregou alguns versos e em uma hora já estava pronta a música "Mas Quem Disse que Eu te Esqueço", inclusive com ajustes na letra que ele fez.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cavaco e suas Cordas

Olá pessoal primeiramente obrigado por acompanhar meu blog, vamos falar das cordas que usamos em nosso instrumentos.

Antes de comprar uma corda, é preciso entender a importância que ela tem para o instrumento, seja ele um cavaquinho ou um banjo. A corda, ao ser tocada, faz um movimento de vibração que resulta no som. Uma corda de má qualidade irá prejudicar o resultado do seu trabalho.

Não há como saber se uma corda é de boa qualidade apenas pela embalagem, é preciso tocá-la. Além disso, cada músico gosta de uma sonoridade e só ao comprar a corda e tocar no seu cavaquinho ou banjo, perceberá se ela é boa pra você.
Com tantos revestimentos e tipos fica difícil escolher. Por isso, ''desmontamos'' a corda para você entender. Antes de tudo, vale ressaltar que cordas para cavaquinho e banjo são as mesmas
.

Há três tipos de cordas, as tradicionais, as para as diversas captações elétricas do seu instrumento e as leves.

Uma corda tradicional tem as bitolas (ou diâmetro) das seguintes medidas: 1a Ré=0.28mm; 2a Si=0.32mm; 3a Sol=0.50mm e a 4a Ré=0.66mm. Além disso, as primeiras e as segundas cordas são de aço inoxidável (não enferrujam) e as terceiras e quartas cordas são revestidas de metal (tem a aparência prateada). Já as especiais para captação elétrica, as terceiras e quartas cordas são revestidas de aço (as bitolas tem a mesma medida).


As cordas leves são indicadas para quem não quer fazer muita força para tocar, pois são mais finas, mais leves e atingem mais fácil a afinação do que as outras. Suas bitolas medem 0.25mm para a 1a corda; 0.30mm para a 2a; 0.46mm para a 3a e 0.62mm para a 4a corda. O único porém é que as cordas leves são menos resistentes, mais elas só arrebentarão se sua mão fizer uma palhetada muito forte.
OBS. o revestimento da corda é apenas um aspecto visual, não interfere no som do seu instrumento.

Não existe um tipo de corda certa para cada ritmo, mas pode-se conseguir um som diferente com cordas de diversas espessuras (ou calibre). Se você gosta de um som mais grave, compre cordas com mais grossas. Já se o seu negócio é um som mais agudo, as indicadas são as cordas um pouco mais finas. Essas diferenças na espessura são mínimas e só são encontradas de uma marca para a outra, afinal, uma corda tem padrões para seguir, para soar sempre a mesma nota.

Eu particularmente gosto de usar as cordas ROUXINOL ou NING STRINGS essa porém conheci a pouco tempo e estou gostando muito mas as ROUXINOL sempre usei,  indico as duas para meus alunos. São cordas com um ótimo som e resistência.

Muita gente gosta de usar as cordas do violão no cavaco ou no banjo, usando as quatro primeiras cordas do violão. As cordas para violão são mais compridas e mais duras para tocar. Além disso, a relação custo/benefício não compensa, pois ao comprar cordas de violão, só usará quatro e as outras duas vão sobrar.

A melhor hora para trocar a corda depende da freqüência com que toca seu cavaquinho ou banjo. Para quem toca todos os dias, a troca acontece geralmente de quinze em quinze dias. Mas há maneiras de identificar quando elas precisam ser trocadas. Primeiro, a corda ganha sujeira, perde sua tensão (capacidade de ficar esticada), sua afinação e, por último, o som sai ''abafado''. Quando isso acontece, não adianta insistir. Corra para a loja mais próxima antes que elas estourem e acabem com o seu show.

A maioria dos cavaquinistas iniciantes quebram com facilidade a terceira corda (Sol) por ter um toque mais agressivo ou por não saber executar uma palhetada. Para consertar a corda arrebentada, cometem os graves erros de emendar a corda (que acaba estourando novamente) ou enrolam uma e até duas cordas Si no lugar da Sol (elas nunca ficaram afinadas como a original). Não tente inventar, o melhor é sempre ter cordas reservas.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

EU E O CAVACO

Meu nome é Jacson Silveira moro em Florianópolis/SC, tenho 29 anos e 8 anos dedicado ao cavaquinho.

Tive meu primeiro cavaquinho aos 15 anos.

Era incrível a quantidade de garotos que sabiam tocar o instrumento naquela época, eu ficava encantado quando via as famosas rodas de samba sendo formadas, e os cavaquinistas levando alegria para as pessoas. Por ser Brasileiro, naturalmente, me acostumei a escutar o cavaco acompanhado do Banjo nas rodas de Samba.

Meu primeiro cavaquinho ganhei da minha mãe, comprado com muito suor era um cavaco Kashima ,um cavaco com o braço grosso, bem rústico, mas mesmo assim nunca desisti.

Estudava no Colégio Getúlio Vargas , onde conheci um cara chamado Gentil meu  parceiro de vários anos de estudo no Colégio, que me levou na casa do Robson (Gordinho ) que hoje faz o cavaco da G.R.E.S. Consulado, onde então comecei a fazer minhas aulas.

Fazia aulas uma vez por semana, era num aluno muito aplicado e dedicado.  Após os términos das aulas, ia pra casa e lá ficava várias horas tocando e treinando o que eu tinha aprendido nas aulas com o Gordinho.

As vezes eu era até chato , onde eu ia levava meu cavaco, meus amigos gostavam pois estava lá , o Jacson com seu cavaquinho querendo fazer um samba.
Nessa época eu já desfilava na escola de samba Consulado fazia parte da bateria. Por isso o contato muito grande com o samba e com as rodas de samba.

Aprendi a tocar cavaquinho muito rápido devido a minha enorme dedicação nas aulas, com um mês de aula já tocava uma música que acabou sendo a 1º no cavaquinho , que foi  ARMADILHA ( GRUPO EXALTASAMBA).

Após alguns meses de aulas , meu professor na época (Gordinho) chegou pra mim e disse, Jacson você já aprendeu todas as sequências e subidas , agora é só aperfeiçoar e bola pra frente.

A partir daí comecei a estudar cavaquinho em casa sozinho, e aprendendo muito nas rodas de samba e nos Pagodes da vida, por onde passei
Enfim, poderia contar muitas coisas, afinal são 11 anos de experiência com o cavaco, mas paro por aqui, desejando que vocês possam se divertir e aprender um pouco visitando o meu Blog.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Qual a Palheta utilizar?


Olá pessoal, hoje vou falar sobre uma dúvida de muitos cavaquinistas. Qual palheta utilizar?

A utilização da palheta depende muito da técnica individual. Assim como existem pessoas que preferem uma palheta mais mole, tem também quem prefira utilizar as mais duras, tem até quem toque com palheta de guitarra...

Eu particularmente, gosto de utilizar a palheta número 70 na execução de solos, e a 50 para acompanhamento, pois quanto menor o número mais flexibilidade e menor esforço sobre as cordas.

Logo, vejo a palheta 60 como a intermediária, e talvez a ideal para se utilizar.
Mas como eu tinha dito anteriormente, a palheta é um acessório que depende muito do gosto pessoal.

Então, faça alguns testes antes de definir qual palheta será utilizada. Na própria loja de instrumentos, você poderá fazer testes antes de adquirir. Veja qual te dá mais segurança, melhor sonoridade...

Uma dica importante:  Para que você tenha um som de qualidade em seu cavaquinho, mantenha as cordas limpas e bem cuidadas.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Verdadeira Chama ( Fundo de Quintal )

Tom: C
                              
 C
Introdução:  Em C A7 Dm G7 C A7
 C A7        Dm          G7
  E digue digue di deo oba
          C           A7
E digue digue di deo oba
          Dm          G7
E digue digue di deo oba
      C               A7
Lê,Lê,Lê,Lê,Lê,Lê,Lê,oba
      C   Em^Ebm^Dm
Quem ama, lá, laia
              G7                  C   Em^Ebm^Dm
Enobrece e alastra a verdadeira chama lá laia
                   G7               Em A7
Nunca quebra  a corrente somente encanta
Dm          G7               Em D7 Dm G7
Cantando poesia em preces de amor ô ô
       C   Em^Ebm^Dm
Quem chora la, la ia
                G7
Por seu amor perdido
            C   Em^Ebm^Dm
Não sabe a hora la, laia
              G7              Em7  A7
Que terá o sorriso de volta e implora
Dm             G7                    Gm7/9 Em5-/7
De joelho o perdão e se rende de pra dor
     F7+
Meu samba
                    D7
Tem quem ama, quem chora
              C
E um nobre enrredo
Am              Gm7/9    Em5-/7       D79
Transmito pra massa e pro mundo inteiro
Dm            G7            Gm7/9 Em5-/7
Faz pulsar a raiz em nosso coração
   F7+
O samba
                 D7                C
Que escreve a tristeza com muita  alegria
                   Gm7  A7            Dm
No seu mais lindo verso que no dia a dia
G7                               C
Faz o povo sorrir e cantar o refrão
A7         Dm          G7
E digue digue di deo oba...


OBS: Esta  música é praticamente em sequência de Dó (C) , boa para quem tá iniciando.